O conservadorismo sempre foi uma barreira diante dos
direitos das mulheres. A obra de Sofia Coppola, As virgens suicidas (The
virgins suicides), lançada em 2000, mostra o impacto que as regras
conservadoras causavam na vida de jovens garotas.
A história das cinco irmãs, todas muito bonitas e com pouca
diferença de idade, é contada com enfoque nas regras da sociedade. Vestimenta,
romances e até mesmo com quem conversavam era controlado pela família. Porém, o
excesso de cuidados as tornou depressivas, causando o suicídio.
Um dos pontos mais curiosos na reflexão sobre o filme é que,
mesmo em 2014, ainda vemos muito desse conservadorismo na sociedade. Muitas
famílias ainda temem ter as filhas “mal faladas” e controlam suas roupas e
companhias, na intenção de serem bem vistas pela sociedade.
Hoje, mesmo já alcançando grandes cargos no mercado de
trabalho, a mulher ainda é julgada por sua imagem. Muitos brasileiros ainda
acreditam que a vítima tem parcela de culpa no ato do estupro, muitas famílias
ainda acreditam que a principal função da mulher é ser mãe (mesmo que vá contra
a sua vontade).
Esse medo, que a própria sociedade criou, é retratado de
forma extremista na obra de Coppola. Mas até que ponto é ficção? A realidade
parece estar bem próxima do que vemos em As virgens suicidas.
0 comentários:
Postar um comentário