Não mereço ser estuprada!

domingo, 6 de abril de 2014 0 comentários
Pesquisa divulgada pelo Ipea trouxe a tona um problema social

A recente pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada, Ipea, que causou espanto a população em seu resultado inicial que afirmava que  a maioria das pessoas acha que mulheres merecem ser atacadas por causa do jeito de se vestir, apresentou dados equivocados, mas apesar disso levantou uma questão importante dentro da sociedade.

Logo após a divulgação do resultado da pesquisa a jornalista Nana Queiroz, que mora em Brasília, publicou, em uma rede social, uma foto, com uma frase escrita no corpo: "não mereço ser estuprada", atitude que deu inicio a uma campanha nas redes sociais. De acordo primeiro resultado apresentado pela pesquisa, e que estava equivocado, o Ipea disse que 65% dos entrevistados afirmaram concordar total ou parcialmente com a frase: "mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas". Porém o resultado correto é de 26% dos entrevistados.

Nana Queiroz. Reprodução Facebook

Apesar do resultado ser menor, a pesquisa ainda mostra que existem pessoas que concordam que a culpa de uma mulher ser atacada é dela mesma, o que é algo alarmante dentro de uma sociedade. O resultado do estudo trouxe em xeque questões importantes e que muitas vezes deixaram de ser discutidas. “Esse erro do Ipea possibilitou que a mulher brasileira percebesse que ela tem um poder de articulação fabuloso para não se contentar com 26%, que ainda é um número horrorosamente grande e trabalhar por um país em que haja 0%”, afirmou Nana Queiroz em entrevista ao Jornal Nacional após a divulgação novo resultado da pesquisa. 

A opinião da jornalista vai de encontro a diversas opiniões, o que ficou claro a partir da proporção que a campanha tomou nas redes sociais, diversas pessoas reproduziram a imagem feita por Nana das mais variadas maneiras. A lição mais importante que esse equivoco deixa é a questão da luta que a nossa sociedade ainda precisa travar em relação a esse preconceito que ficou evidenciado a partir da pesquisa. 

0 comentários:

Postar um comentário

 

©Copyright 2011 Bellum Produções | TNB