Sobre estereótipos, mulheres e cinema.

domingo, 14 de setembro de 2014 0 comentários
Um número cada vez maior de pessoas está percebendo que os estereótipos não fazem mais sentido na sociedade atual. A maior prova disso são as campanhas e textos divulgados nas redes sociais. Algumas empresas também estão se preocupando em mostrar que aceitam a diversidade de escolha e de comportamento do seu público. Recentemente, uma propaganda da marca Always fez sucesso ao mostrar como as pessoas criam um estereótipo do que é ser uma garota. O vídeo mostra mulheres adultas, um homem e um menino demonstrando "como uma garota" faria certas ações, depois é a vez das meninas. O resulto é chocante:


É uma pena ver que tantas mulheres e homens crescem aprendendo a associar o universo feminino à delicadeza, vaidade e fraqueza, sendo que na infância as pessoas enxergam este assunto de forma muito mais simples. Ao crescer é comum ignorarmos o fato de que as mulheres são indivíduos como qualquer outros, que têm a liberdade de ser o que quiserem e ter cada uma a sua particularidade.

No cinema, ainda é frequente a representação do universo feminino com todos os seus estereótipos, sendo que o gênero de filme "mulherzinha, ou "chick flick", é exatamente a união de todos esses clichês. Exemplificando, o próprio site Urban Dictionary, que serve como um dicionário dos termos conforme as pessoas comumente os definem, traz o significado de "Chick Flick" como: A film that indulges in the hopes and dreams of women and/or girls. A film that has a happy, fuzzy, ridiculously unrealistic ending. (Tradução livre: Um filme que explora as esperanças e sonhos de mulheres e/ou meninas. Um filme que tem um final feliz, eufórico e ridiculamente irreal.)

Deixo aqui, portanto, minha sugestão de filmes "não mulherzinha", e sim "mulher", com todas as suas nuances e facetas:

- My Girl (1991): Um clássico dos anos 90, que conta a história de dois amigos, Vada e Thomas J. Os dois adoram andar de bicicleta, correr e subir em árvores. Além disso, Vada é hipocondríaca e ama literatura, o que só aumenta a sua paixão platônica pelo professor desta matéria na escola.



- Mulan (1998): Esta animação da Disney traz uma protagonista muito diferente das princesas de sempre. Mulan é uma menina que decide ir à guerra no lugar de seu pai doente e para isso ela precisa se disfarçar de homem. A determinação e coragem são os traços mais marcantes da personagem, que representa uma oposição ao modo como a mulher chinesa deveria se comportar naquela época.

- Hunger Games (2012): Recentemente, um filme que trouxe para as telonas uma personagem principal guerreira e de personalidade forte foi Hunger Games, que faz parte de uma trilogia baseada em uma série de livros de título homônimo. Além da protagonista Katniss Everdeen, muitas outras mulheres da história mostram que têm potencial para lutar e liderar até mesmo uma revolução.

Texto: Ana Luiza Souza

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